quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

[...]

- E agora diga-me em que ocupa o seu tempo no desterro que se impôs?
-Divido a minha vida, nestes anos de exílio voluntário e higiénico, material e espiritualmente, entre a casa [de S. Pedro de Moel] e a que possuo nas Cortes, perto de Leiria, e que pertencem ao meu tio avô, o poeta Rodrigo Cordeiro, que teve a sua hora de grande voga e tem o seu nome gravado na lápide dos poetas em Coimbra.

[...]

-E não lhe pesa o isolamento? A voz do mar é bela mas monótona.
-Não; tenho a faculdade de viver comigo, com alguns livros, o mar e a minha liberdade espiritual, que prezo imensamente. E, depois, nestes anos de afastamento em que tive de renunciar à amizade de velhos companheiros que me foram queridos, sinto-me satisfeito com a minha consciência - bem supremo para mim - e ganhei outras amizades que me compensam daquelas que quis perder.


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Disparou. Tocou. de raspão. quem. Alguém. «foi*».

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