domingo, 10 de fevereiro de 2008

Os últimos dias de Laura Palmer em Twin Peaks.

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- Magoamos sempre aqueles que amamos.
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- O que queres dizer é que magoamos sempre aqueles de quem temos pena*.
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diálogo entre Laura e James.






* " pena de mim... oh pobre de mim... oh coitadinha de mim... :)"



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Pérolas [a porcos] para que vos quero?!

* eu, tenho pena de mim... . ?.!?!?!.?.

fui e continuo a ser demasiado perfeita e tremendamente "caridosa". boa samaritana, adimito. não se pode ser absolutamente perfeita. o defeito, tem sempre o seu charme. No entanto, e por outras palavras, reconheço que ultimamente investi, desenfreada.mente, parte do meu valioso e doirado tempo num porco, reles por sinal, sem cabresto nem estirpe...,
abdiquei, obstinada.mente, do meu precioso tempo para alimentar um porco - espantem-se!!, oferencendo-lhe de mão beijada as minhas ricas e raras pérolas - espantem-se!! de novo. Não me arrependo, sempre achara, desde a apreciação feita no certame bovino ocorrido em Setembro do ano transato em parte incerta. estava exposto numa montra apelativa, com uma anilha graciosa apesar da compleição ser semelhante ou inferior aos demais barrascos. não obstante, aquele porquinho, muito embora não fosse de origem denominada e de pata negra barrosã, bem alimentado teria algum potencial. pensava eu. e a minha amiga, exímia conhecedora deste tipo de especialidades acabou por dar o braço a torcer. Pois bem, o porco tinha potencial. era um facto. pelo que não era, de todo, um animal dispiciendo. o porco era e continuava a sê-lo igual aos demais expostos no dito certame, mas aquele porco era tão enjeitado que metia pena... ninguém lhe ligava, qual carochinha... e eu precisava mesmo de um porco para o dia do domingo gordo. dia do entrudo. não resisti. passei a dar-lhe alimento precisava de alimentar bem aquele porco, por pena. altruísmo -. o porquinho tinha potencial. - e para proveito próprio. caprichos dos quais um bom suinicultor se orgulha e se orgulhará. sempre. alimentar bem um porco. Outros, os lúcidos, dir-me-ão: pérolas a porcos Lara?. Estás louca? Não. respondo-vos. não. uma vez mais. generosidade e imbecilidade da minha parte, mais uma vez . ... Feitas as contas ao maldito dito tempo: sorte a do porco que se tornou menos pançudo e ruminante como os demais. Feitas as contas ao maldito dito tempo: azar o meu, e coitadinha de mim que cheguei a acreditar que um dia, os porcos viessem a falar com astúcia e elegância... como nas Fábulas incríveis de Fontaine... enfim,... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
e recorro uma vez mais ao meu prodigioso imaginário criativo, tão acarinhado, traduzido pela genialidade ainda mais criativa, acarinhada, e copiada da minha pena, que aqui nem escreve nem sente nem é sentida por mim. por mim. para mim. repito. pena. escrita. e lavrada tão copiada como o meu imaginário... ao qual ninguém fica indiferente, pois que até os porcos se fascinam, pois que até os zés-ninguéns, pois que os bolkonskies deste mundinho tentam imitar. a escrita. porque são porcos, sem vida própria, sem o sal terrae de que o meu t
ão querido Padre António Vieira pregava e louvava aos peixes com o engenho lúdico e mestria barroca e ambígua ainda mais fascinante do que as minhas palavras. porque são porcos amorfos, encurralados em pocilgas e restos de comida dos outros. sobras dos respastos dos outros. manjares que foram desprezados e preteridos pelos outros alarves da barriguinha cheia. desperdícios . copiam e reproduzem. precisarão sempre de um suinicultor por perto. dependência atroz. aflitiva. Pobre de mim, que quis alimentar um porco com as pérolas da minha sabedoria para um dia vir a servir-me dele num belo repasto. Coitadinha de mim, que ainda acreditei no milagre da transubstanciação...
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Já agora, o porco é filho da Cabra , descende da cabra...? E os leitões? São afamados perto da Mealhada, e da Bairrada..? Digo isto, porque muito recentemente li um artigo sobre uma variante animal semelhante ao porco, designada de "cabrão"... uma espécie em vias de extinsão. Tomara.
[onirismo: prometo reler e rever o texto com calma e com o tempo que lhe é devido, mas agora, estou com pena de mim. magoei-me. fiz um golpe. estou a soprar na ferida. para ver se a dor alivia. é que, os porcos muito embora sejam porcos e descendentes das cabras, são burros... enfim, uma macacada... enfim, uns melgas que passam a vida a zombar, e a zombar de uma suposta vida que não têm - abelhudos que sugam o pólen das mais belas flores - são trombudos, têm um focinho horrível e grotesco, deve ser das antenas e dos corninhos e das patadas com que diaramente levam. é que não topam que são feios que nem um bode. de espírito, pelo menos.
magoei-me. este texto será removido. e apagado quando voltar a reler este mesmo texto que será removido. repito. com um sorriso nos lábios enquanto penso para comigo: "que texto ridículo tem que ser removido", mas só depois de ter soltado umas orgulhosas e estridentes gargalhadas. magoei-me. agora mesmo, de novo. ]

4 comentários:

hiddentrack disse...

ao menos, o porco nadava no rio que nós sabemos e dizia yoh!?

:**)

S. disse...

"Recomeça se puderes, devagar e sem pressa..."

O resto já sabes...

Beijinho

P.S.1 A Mealhada faz parte da Bairrada ;)

P.S.2 As pérolas espero que se salvem mas os porcos que assem na fogueira...

Lara disse...

querido e.: se o espécime de porco em causa soubesse "nadar" e decidisse sair do palimpsesto de covil e se proventura decidisse ser gente e assumir definitivamente a sua espécie, deixaria de ser imediatamente um "porco" e seria imediatamente promovido a "gente". mas este porco, não sabe nadar, recusa-se terminantemente a aprender a nadar. nem sabe apreciar uma bela sangria enquanto os pés se enterram na areia da praia...:P

por seu turno, o porco de que falávamos no outro dia, além de ser original e genuíno e constituir uma verdadeira pérola para a ilustre fama do meu burgo... sabe nadar! Haja porquinho que sabe nadar yoh! yoh! yoh!

:D

Lara disse...

minha gotinha: "dá ao demo cortesia!" inquisição já yoh yoh!! :D

... e que lufa-lufa... cheguei a casa às 22:17h... bela horinha, sim senhor... meu deus... já não via, ouvia nada nem ninguém...aoenas o meu rico estômago e o meu calcanhar de aquiles: em suma, o discurso, sempre o mesmo discurso.

(já te conto, em privado :D, temos de ser muito cautelosas, sabes que o maldito google "denuncia" tudo e todos).

:)

.p'rá semana espero-vos aqui. mi casa es su casa. estou feliz. apesar da fominha e do meu rico estômago que se me cola às costas :D!

:D***

"calme-toi odette, calme-toi".

Afterimage

Disparou. Tocou. de raspão. quem. Alguém. «foi*».

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