.como é que sabes se a poesia passou ou não por mim, ou se eu terei, porventura, passado por ela? se foi por não ter comparecido no tertuliano, peço-te que aceites as minhas desculpas, mas estou no porto, ainda não tenho o dom da ubiquidade :P
e depois, seria muito óbvio celebrar este dia, percebes? todos o fazem. para mim a poesia é o verbo que se conjuga, ou se deveria de conjugar todos os dias, cultivar em cada gesto, enfim, mas que importa tudo isto, todos estes dias de faz-de-conta, quando o sol doira sem literatura, o rio corre, bem ou mal, sem edição original, e os livros são papéis pintados com tinta, o artifício destes dias que se assinalam é uma coisa em que está indistinta a distinção entre nada e coisa nenhuma.
sim, "grande é a poesia, a bondade e as danças.../mas o melhor do mundo são as crianças/flores, música, o luar, e o sol, que peca só quando, em vez de criar, seca./o mais do que isto/ é jesus cristo, /que não sabia nada de finanças nem consta que tivesse/biblioteca..." porque estamos na páscoa :D
da liberdade, sabes de quem é, não sabes? conheço-o de cor...não sei se será bem assim...
agora, um só para ti, de casimiro de brito* : "quem se julga dono da viagem/ navega vazio - nem a todos cabe/ ter por amante a água, a sua têmpera lunar./ nem o silêncio carnal/ das raparigas./ nem o brilho fugaz das palavras."
*um grande escritor e poeta que só o descobri há duas semanas na livraria martins, esquecido e entalado a um canto...
4 comentários:
"Sou o silêncio que ficou
uma cidade igual às outras
onde os gritos se esvaem
e a tua morte se tornou minha.
Em tuas asas
quebradas
tudo se desintegra
menos a memória."
em "Terra sem Mãe" de Ana Marques Gastão
P.S. Para alguém que passou ao lado do Dia Munidal da Poesia.
Bjs
.?.
.como é que sabes se a poesia passou ou não por mim, ou se eu terei, porventura, passado por ela? se foi por não ter comparecido no tertuliano, peço-te que aceites as minhas desculpas, mas estou no porto, ainda não tenho o dom da ubiquidade :P
e depois, seria muito óbvio celebrar este dia, percebes? todos o fazem. para mim a poesia é o verbo que se conjuga, ou se deveria de conjugar todos os dias, cultivar em cada gesto, enfim, mas que importa tudo isto, todos estes dias de faz-de-conta, quando o sol doira sem literatura, o rio corre, bem ou mal, sem edição original, e os livros são papéis pintados com tinta, o artifício destes dias que se assinalam é uma coisa em que está indistinta a distinção entre nada e coisa nenhuma.
sim, "grande é a poesia, a bondade e as danças.../mas o melhor do mundo são as crianças/flores, música, o luar, e o sol, que peca
só quando, em vez de criar, seca./o mais do que isto/ é jesus cristo,
/que não sabia nada de finanças
nem consta que tivesse/biblioteca..." porque estamos na páscoa :D
da liberdade, sabes de quem é, não sabes? conheço-o de cor...não sei se será bem assim...
agora, um só para ti, de casimiro de brito* : "quem se julga dono da viagem/ navega vazio - nem a todos cabe/ ter por amante a água, a sua têmpera lunar./
nem o silêncio carnal/ das raparigas./ nem o brilho fugaz das palavras."
*um grande escritor e poeta que só o descobri há duas semanas na livraria martins, esquecido e entalado a um canto...
.!!.
muito obrigada pelas tuas palavras...
***teus
"deveria conjugar"... sem o "de"!!!
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