sábado, 12 de abril de 2008

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O que é um theremin? Uma caixa com duas antenas que faz música electrónica sem ser preciso tocar-lhe - basta agitar as mãos no ar. Mas como é possível fazer música assim? Esse é um dos grandes encantos do themerin, inventado - imagine-se! - na primeira metade do século XX, e que Dorit Chrysler levou ontem ao Orfeão Velho. Quando tocado ao vivo, o theremin concentra todas as atenções: a música surge como que por magia, um mistério para os sentidos e para o entendimento. Considerada uma das melhores manipuladoras de theremin a nível mundial, a norte-americana já colaborou com nomes sonantes como Alex Hacke, Amon Tobin, Marilyn Manson, Mercury Rev, Strokes ou Diamonda Galás. Em Leiria, Dorit mostrou o seu projecto de sons mágicos e hertzianos e voz aveludada e quente [e muito-muito provocadora, roçando por vezes, aqui e ali, na lascívia...]. M-Pex, na primeira parte do Fade in, proporcionou momentos emocionantes, melancólicos e igualmente arrebatares e ousados. Este projecto mistura guitarras portugueses, fado, drum'n'bass, dub e electro. "Phado"* é o nome do disco desta ideia do português Marco Miranda, tido como uma das grandes revelações da música em que a tradição se encontra com a electrónica. Uff! já estão as apresentações feitas!
A noite foi verdadeiramente fascinante.
Ah, já me ia esquecendo: não me admira mesmo nada que, mais dia menos dia, a senhora dona theremina venha a integrar o elenco de um filme realizado por David Lynch. Anotem!

*a nota negativa vai tão somente para o pê agá do "Phado" - despropositado, desnecessário. era escusado...lamentável...

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Afterimage

Disparou. Tocou. de raspão. quem. Alguém. «foi*».

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