sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Gostos&Desgostos#2

admiro:

certas futilidades.

não suporto:

a futilidade de certas...

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atraem-me:

homens intelectualmente maduros que sabem conservar o surpreendente, impressionante, delicioso, fascinante, imprevisível e saborosíssimo instinto típico dos putozitos reguilas e mimados.


haja [santa] paciência ou já não há pachorra
ou vá de retro!:


homens
intelectualmente maduros que, felizes e contentes, nada sabem da sabedoria-de-experiência-feito. nada mais são do que tristes, irritantes, redutores e entediantes intelectuais intelectualmente maduros, porém... e tão somente.

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acredito:

no manel quando me elogia, porque é dos poucos que apregoa de forma destemida a sua devoção pelo sr. alberto joão jardim. só por assumir a sua imbecilidade e o seu mau gosto acredito em tudo o que diz.



finjo acreditar:

no tito, porque, sendo bloquista, os elogios e adulações hiperbólicas que constantemente apregoa a meu respeito, apesar de serem as maiores inverdades e não corresponderem aos meus decorosos e tristes defeitos, diz com tanta convicção que acaba por me convencer, embora seja, repito, tudo tremendamente falso.


nem dou ouvidos:

aos elogios do zé, porque sendo militante do pcp, só consegue ver o mundo através de uma luneta , negra por sinal, ladeada por duas palas opacas. muito opacas. além do mais, nem ele próprio acredita naquilo que reza. o pobre coitado, ele próprio, consubstancia o princípio da contradição ao não praticar os valores que apregoa. ou seja, ele é a antítese em pessoa. portanto, se ele diz uma coisa, é porque pensa precisamente o contrário. como posso eu acreditar em alguém, - embora já muito pouco convicto dos tais valores e da sua própria existência, verdade seja dita - , finge que acredita e mitiga alguma coisa à procura de qualquer coisa que nem sabe bem o quê... é-o apenas para ser. do contra, também. para ser funcionário público na marinha grande, também. não há pachorra. é que não tenho mesmo paciência. nenhuma. nenhuma pachorra para este tipo de discurso bacoco, que de social e universal tem muito pouco.

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admiro:

pessoas sensatas


não suporto:

pessoas sensatas


admiro:

pessoas pragmáticas


não suporto:

pessoas pragmáticas

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adoro:


aqueles que vivem tão plenamente da matéria de que os sonhos são feitos e de barriguinha cheia vão sobrevivendo e alimentando-se alarvemente do lirismo poético da fantasia, prescindindo da realidade.



detesto:

aqueles que vivem tão plenamente da matéria de que os sonhos são feitos e de barriguinha cheia vão sobrevivendo e alimentando-se alarvemente do lirismo poético da fantasia, prescindindo da realidade.

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acho piada:

aos que assumem que têm cara de pau, sem receio do ridículo e encetam sempre o discurso com a seguinte frase: eu, pessoalmente, acho que, ou então recorrem com frequência a muletas meta-linguísticas germinadas no seio universitário big brotheriano, refiro-me designadamente à seguinte expressão: certas e determinadas coisas, revelando, assim, inconscientemente, a insegurança, deslize e fragilidade da sua própria existência.


sem pio. absolutamente intragável:

aos que assumem que têm cara de pau, sem receio do ridículo e encetam sempre o discurso com a seguinte frase: eu, pessoalmente, acho que, ou então recorrem com frequência a muletas meta-linguísticas germinadas no seio universitário big brotheriano, refiro-me designadamente à seguinte expressão: certas e determinadas coisas, revelando, assim, inconscientemente, a insegurança, deslize e fragilidade da sua própria existência.




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Afterimage

Disparou. Tocou. de raspão. quem. Alguém. «foi*».

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